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quinta-feira, 4 de março de 2010

Dança: Enfeite de culto?

Por Renata Lima

Há alguns dias, prestei um culto ao Senhor e a unção era visível. Realmente, eu sentia a presença de Deus. No momento da ministração do louvor, uma jovem começou a dançar, espontaneamente, na presença de Deus. E aquela cena começou a me preocupar. Um sentimento estranho entrou em meu coração, mas continuei a adorar ao Senhor, tentando não olhar para aquela jovem. O período do louvor terminou e como era dia de festa, vários grupos de dança tiveram a oportunidade de adorarem ao Pai com seus gestos. A partir daí, não dava mais para segurar. As lágrimas começaram a descer dos meus olhos sem que eu percebesse e a tristeza e vergonha colocou-se de pé em minha frente.

Naquela noite, vi jovens “adorando” a Deus no altar com roupas de dança indecentes, que a cada gesto feito mostrava partes do corpo; vi grupos que não conseguiam manifestar a glória de Deus por meio de coreografias; vi “danças espontâneas” que não resplandeciam nada além de passos seqüenciados. Senti-me envergonhada. Eu disse: “Deus? Será que o Senhor me chamou para ser enfeite de culto? É isso que é adoração com danças? Tenha misericórdia de mim, Senhor!”. Não é exagero! Realmente chorei muito naquela noite. Senti-me envergonhada diante do meu Deus, que é Santo e que requer de nós uma dança santa. E essa “dança santa” não são gestos coreográficos remetendo a prostrações no solo! Não adianta dançar bem se nossa dança for apenas um enfeite de culto na qual, ao fim da apresentação, palmas serão erguidas para aquilo que nós fizemos e não para quem fizemos: o nosso Deus.

Sabemos que Deus tem usado, nesta geração, a dança para manifestar a sua glória nesta terra. Sabemos o quanto Deus tem feito por intermédio da dança. A cada dia que passa podemos perceber como Deus tem abençoado e nos usado para a glória do seu nome por meio da dança. Mas não adianta sermos excelentes dançarinos, com grandes técnicas, se a unção dele não estiver em nossas vidas! Será apenas uma apresentação e não uma adoração.

Nós adoradores, da última geração, precisamos ser santos como nosso Deus é Santo. Santificação é renúncia! É separar-se do mundo e das coisas que nele há. É ser diferente em tudo o que fizermos, seja na igreja ou fora dela. Ser santo é ser o melhor em tudo que você se dispor a fazer. Ser santo é não se contaminar com a imoralidade das novelas, com programas apelativos; é não ter nos lábios palavras torpes. Ser santo é ter impregnado no seu coração as Palavras de Vida eterna que só encontramos na Bíblia Sagrada. Se for dançar, que a nossa dança seja a melhor! Se isso não acontecer, as nossas ações manifestarão o quê? Carne. Nossos atos, nossos gestos, nosso louvor, nossa dança manifestará o quê? Carne! Tudo ficará com o odor de carne, de pecado que atrai a presença de Deus.

Naquele momento, entendi porque em muitas igrejas, não existem mais grupos de adoração com danças. Porque, infelizmente, muitos adoradores de dança nas igrejas preocupam-se apenas com o exterior, com as belas vestes, com ensaios para que os gestos saiam perfeitos; mas se esquecem do principal: da sua comunhão com Deus. E quando isso acontece, o que flui no momento de uma celebração, é apenas o exterior, porque o interior está vazio. Não há como dar o que não se tem! Sobe então às narinas de Deus e se espalha pela congregação não o cheiro da unção, mas de carne. E o odor de carne não é tão agradável, principalmente, quando a carne é crua.

No livro de Isaías 49.3, o Senhor fala por meio do profeta: “Tu és o meu servo, e Israel, aquele por quem ei de ser glorificado.” Será que o Senhor está sendo glorificado por meio da nossa dança? Será que a nossa vida tem glorificado o nome do Senhor? Tenho percebido que na minha vida isso ainda não é uma total verdade. O Senhor ainda não tem sido glorificado por intermédio da minha vida, como ele merece. E nunca será totalmente, pois nada que façamos chegará perto daquilo que ele merece.

Mas ainda há coisas que eu posso fazer como adoradora que o fará ser exaltado por intermédio da minha vida. Deus pode se alegrar com nossas atitudes. Essa é a minha oração! Esse é o meu desejo! Custe o que custar, Deus terá “orgulho” de mim! Ele terá prazer em ver a minha dança. Eu estou disposta a isso. E você? Está disposto (a) a abrir mão de sua vida para que o Senhor seja glorificado por meio da sua dança? Amém! Prossiga! No Senhor, o seu trabalho não será em vão. E em breve você ouvirá: “Eis ai meu (minha) filho (a) amado (a) em que eu tenho prazer”.

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